quinta-feira, 4 de junho de 2009

ERVING GOFFMAN

Erving Goffman (11 de Junho de 1922 – 19 de Novembro de 1982) foi um sociólogo e escritor canadense. Estudou nas universidades de Toronto (B.A. em 1945) e de Chicago (M.A. em 1949, Ph.D. em 1953).
Estudou a interacção social no dia-a-da, especialmente em lugares públicos, principalmente no seu livro A Representação do Eu na Vida Cotidiana. Para Goffman, o desempenho dos papeis sociais tem a ver com o modo como cada indivíduo concebe a sua imagem e a pretende manter. Estudou também com especial atenção o que chamava de "instituições totais", lugares onde o indivíduo era isolado da sociedade, tendo todas as suas atividades concentradas e normalizadas. Pode-se citar com exemplo as prisões, os manicomios, os conventos e algumas escolas internas. No campo da linguagem Erving Goffman contribui com o estudo da interação humana, introduzindo o conceito de "footing". Footing representa o "alinhamento, a postura, a posição, a projeção do 'eu' de um participante na sua relação com o outro, consigo próprio e com o discurso em construção." (GOFFMAN, 1998 In: RIBEIRO, Branca Telles & GARCEZ, PEDRO M.)
Esse autor tem um importante papel na Antipsiquiatria e Luta Antimanicomial no Brasil, graças à suas colocações sobre a função social da Psiquiatria em nossa sociedade.
Erving Goffman nasceu em Manville, Alberta – Canadá em 11 de Junho de 1922 e faleceu em Filadélfia no Estado da Pensilvânia nos Estados Unidos da América no dia 19 de Novembro de 1982. Obteve o grau de bacharel pela Universidade de Toronto em 1945, tendo feito o mestrado e doutoramento na Universidade de Chicago, onde estudou tanto Sociologia como Antropologia Social. Em 1958 passou a integrar o corpo docente da Universidade da Califórnia em Berkeley, tendo sido promovido a Professor Titular em 1962. Ingressou na Universidade da Pensilvânia em 1968, onde foi professor de Antropologia e Sociologia. Em 1977 obteve o prémio Guggenheim. Foi presidente da Sociedade Americana de Sociologia, em 1981-1982. Efectuou pesquisas na linha da sociologia interpretativa e cultural, iniciada por Max Weber. Em La mise en scène de la vie quotidienne, Goffman desenvolve a ideia que mais identifica a sua obra: o mundo é um teatro e cada um de nós, individualmente ou em grupo, teatraliza ou é actor consoante as circunstâncias em que nos encontremos, marcados por rituais posições distintivas relativamente a outros indivíduos ou grupos. Goffman aplicou ao estudo da civilização moderna os mesmos métodos de observação da antropologia cultural: assim como, nas sociedades indígenas, há ritualizações que permitem distinguir indivíduos e grupos, também, nas sociedades contemporâneas, a origem regional, a pertença a uma classe social ou quaisquer outras categorias se marcam por ritualizações que distinguem indivíduos e grupos, tomando por exemplo pequenos aspectos, como as formas de vestir ou de se apresentar publicamente. No contexto descrito, Goffman considera a interacção como um processo fundamental de identificação e de diferenciação dos indivíduos e grupos; de resto, os mesmos, isoladamente, não existem; só existem e procuram uma posição de diferença pela afirmação, na medida em que, justamente, são "valorizados" por outros.

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